Saiba a diferença e características de cada uma.
A Depressão pode ser caracterizada por um período de humor triste, vazio ou irritável, presente, principalmente, nos transtornos depressivos como no Transtorno Depressivo Maior, o Transtorno Depressivo Persistente (ou Distimia), e o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual, nesse casso, ela se apresenta como Depressão Unipolar. Mas, a Depressão também está presente nos episódios depressivos do Transtorno Bipolar (TB), nesse caso, se apresenta como Depressão Bipolar.
Esse último fato contribui para a ocorrência de confusões diagnósticas que podem comprometer o tratamento precoce de pacientes com TB.
Então, é fundamental que os profissionais de saúde consigam identificar tais diferenças. Nesse sentido, o Canadian Network for Mood and Anxiety Treatments (CANMAT), considerada uma das principais diretrizes internacionais para o tratamento do Transtorno Bipolar (TB), elenca algumas características podem diferenciar a Depressão presente no TB daquela Depressão presente em outros transtornos.
Características de um episódio depressivo que podem indicar um quadro de Depressão Bipolar:
Sono aumentado e/ou aumento de cochilo diurno;
Comer demais e/ou aumento no peso;
Outros sintomas depressivos “atípicos”, como paralisia por chumbo (peso no corpo, como se estivesse com uma roupa de chumbo);
Lentidão nos movimentos;
Características psicóticas;
Culpa patológica;
Variação no humor;
Irritabilidade;
Agitação psicomotora;
Pensamentos acelerados;
Início da depressão antes dos 25 anos;
Mais de cinco episódios depressivos;
Histórico de bipolaridade na família.
Características de um episódio depressivo que podem indicar um quadro de Depressão Unipolar:
Insônia inicial/sono reduzido;
Apetite reduzido e/ou perda de peso;
Níveis normais de atividade ou nível aumentado;
Reclamações somáticas (físicas);
Início da depressão depois dos 25 anos;
Depressão que dura mais de seis meses;
Sem histórico de depressão bipolar na família. É claro que essas não são regras, mas, sim, indícios que podem auxiliar no diagnóstico precoce do TB e que merecem atenção clínica. De qualquer modo, não eliminam a avaliação clínica de um profissional regulamentado como um psicólogo ou psiquiatra.
Psicólogo Armando Lima CRP 12/18558
@psi.armando
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